Uma obra demanda uma alta organização, em que cada parte, etapa e material deve ser distribuído e verificado de forma correta para que a produtividade se mantenha alta. Mas, se engana quem acha que todo esse gerenciamento é fácil.
Normalmente, ele requer um estudo estratégico de muitos fatores e, por conta disso, as empreiteiras têm preferência por trabalhar com pessoas com experiência na área para responder a essas demandas mais gerenciais. Isso porque elas que irão ditar o decorrer da obra e o cumprimento do prazo e do orçamento.
Gerenciando uma obra: Efeitos e pontos de atenção
O gerenciamento de obras de construção civil tem sido cada vez mais requisitado e as pessoas formadas na área estão buscando cada vez mais formas de se especializar nesses quesitos. Isso porque o mercado tem exigido um conhecimento mais aprofundado nesse meio. Isso sem mencionar as constantes mudanças e evoluções da área.
Apesar de sua importância, pode ser um pouco difícil imaginar quais os efeitos que um gerenciamento bem feito pode ter em uma obra.
Por este motivo, vamos destacar quais fatores é preciso se atentar ao fazer esse gerenciamento e seu impacto para a produtividade e otimização do projeto. Confira abaixo:
1. Antecipação de problemas
Os problemas que podem surgir em uma obra são diversos e vão desde o fornecimento do material errado até a colocação de alguma estrutura inadequada.
Nesse contexto, o gerenciamento estratégico começa antes mesmo da obra sair do papel, com o planejamento e a checagem de vários pontos que costumam dar problema e, nesse quesito em particular, a experiência da pessoa a frente da obra conta muito.
2. Controle de estoque
O prazo de uma obra normalmente é um dos aspectos que mais pesam. Por conta disso, cada dia é extremamente crucial para entregar tudo no prazo.
Desse modo, é preciso considerar que um dos fatores que mais podem atrasar uma obra é a falta de material.
Como as encomendas geralmente são muito grandes, elas precisam passar para a distribuidora com antecedência e na quantia correta – normalmente com ⅛ a mais do que o previsto.
Considerar esse aspecto pode gerar um gasto um pouco maior, mas prevenirá problemas com o fornecimento. Além disso, caso seja necessário usar mais material ele já estará disponível.
3. Redução de custos
Atualmente, é possível substituir vários materiais por produtos semelhantes que tenham um custo mais baixo. Porém, é preciso entender exatamente todos os pontos da estrutura para se ter uma ideia adequada do que pode ser substituído sem trazer problemas para o projeto e nem reduzir a qualidade do futuro imóvel.
Por conta de todos esses benefícios, é possível contratar alguma empresa gerenciadora de obras com experiência na área para executar essas tarefas, poupando muito tempo e, em alguns casos, reduzindo os custos do projeto..
Caso essa função seja dada diretamente a uma pessoa, ela deve contar com habilidades, como:
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Boa coordenação de equipe;
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Dominar a relação de custos;
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Entender os dados contratuais;
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Ser extremamente organizado.
De modo geral, as empresas trabalham com uma equipe multidisciplinar a fim de atender todas as necessidades e especificidades das obras.
Todo esse gerenciamento deve ser feito por arquitetos e/ou engenheiros, afinal são os profissionais responsáveis pela estruturação e adequação de projetos.
Mais ainda, essa é uma regulamentação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e deve ser respeitada para cumprir a legislação, evitando problemas jurídicos para a obra.
O gerenciamento e fiscalização de obras deve sempre ser um ponto de atenção, pois além de garantir segurança, pode prevenir a empreiteira de sustos no orçamento ao final da obra. Deste modo, é importante pesquisar por empresas idôneas e com reconhecimento de antigos clientes.
Com o acompanhamento de profissionais da área e da gerenciadora, a garantia de que um projeto seguro está sendo executado é certeira.
Gestão total e gestão parcial
Atualmente podem ser praticados dois tipos de gestão em uma obra, sendo elas a total e a parcial.
A primeira ocorre quando a equipe responsável pela obra (seja ela uma empresa terceirizada ou própria da empreiteira) cuida de todas as questões que envolvem a obra.
Já a gestão de projetos parcial consiste em um trabalho realizado entre duas organizações, a empreiteira responsável e o cliente. Com isso, o contrato de prestação de serviço é direcionado para as funções de cada uma das partes.
De modo geral, no segundo caso, o mais comum é que a empreiteira seja responsável pela construção e o cliente responsável pelo fornecimento do material.
No ramo da engenharia civil não há um modelos que predomine e para escolher qual será aplicado, é preciso verificar o que melhor irá atender as necessidades da obra.
Cronograma: O maior desafio de todos
Independente de como o projeto for desenvolvido, o maior problema está relacionado ao cronograma da obra. Diferentemente do que as pessoas pensam, o cronograma se trata muito mais do que prazos.
É comum que as obras dependam de setores diferentes, que não tem uma comunicação direta entre eles, como o fornecedor de insumos, a empresa de locação de maquinários, os engenheiros e uma infinidade de outros setores e profissionais.
Deste modo, o gerenciamento de projetos precisa levar em conta isso e tentar proporcionar uma comunicação centralizada com cada parte, fazendo com que os setores trabalhem juntos mesmo estando fisicamente separados.