O ramo da construção civil é um dos mais importantes para qualquer país ou cidade, isso porque movimenta grandes números econômicos, desde as grandes compras de materiais até a geração de diversos empregos.
Para termos noção do tamanho da indústria da construção civil, só no Brasil já foram gerados cerca de 2,327 milhões de empregos, sendo tanto diretos, como indiretos.
Entretanto, esses números grandes e muito bons para os boletins econômicos têm um preço, e esse preço vem sendo pago pelo meio ambiente.
Isso acontece porque apesar de ser uma dos grandes responsáveis por uma prosperidade do país, a construção também é responsável pelo consumo de quase 75% do que é extraído de matéria-prima só no Brasil.
Além de causar um impacto negativo quando o assunto é descarte de resíduos e utilização de energia e de água.
Para tentar mitigar todos esses impactos negativos no meio ambiente, muitas construtoras vêm investindo em empresas de gestão ambiental a fim de otimizar seus processos para que eles sejam mais sustentáveis.
Outro ponto também é no investimento da educação ambiental, para a geração de uma consciência ambiental em seus funcionários, que vão desde os engenheiros até seus trabalhadores operacionais como os pedreiros.
Educação ambiental não é só em sala, mas no canteiro
A educação ambiental é uma importante ferramenta para que as empresas construtoras tenham cada vez mais uma relação íntima com a engenharia ambiental.
A educação ambiental conduz os diversos profissionais a olharem suas posturas, como indivíduos e como trabalhadores e força uma mudança de atitude.
Assim, a educação ambiental na construção civil conscientiza sobre as diversas hipóteses que pode acontecer se a obra for à beira de um rio, onde pode ter um ecossistema que deve ser analisado e estudado e não destruído por pás carregadeiras.
Hoje sabemos o impacto ambiental que uma obra tem, inclusive aquelas que tem como objetivo o melhoramento da qualidade de vida das pessoas como o sistema de tratamento de efluentes.
E a educação ambiental visa alertar e conscientizar a empresa sobre seus processos atuais, para que não venha cometer mais esse tipo de erro.
Entulho: o problema vital em construção civil
Um dos grandes problemas quando se fala em educação ambiental é sobre a classificação e o descarte do entulho, este é o principal responsável pelo impacto ambiental causado por uma construção civil.
Para termos uma noção são produzidos pelas obras quase cerca de 84 milhões de metros cúbicos de resíduos por ano, sendo que só 17 milhões são reciclados.
Para ter uma noção melhor sobre o entulho que sua obra produz, deve-se recorrer a uma consultoria de engenharia ambiental que ajudará a identificar quais os processos que deverão ser otimizados.
Mas existe uma classificação para o entulho. O entulho nada mais é que diversos elementos fragmentados que são gerados em construções, reformas, demolição de estruturas.
Esse entulho também é chamado de RCC, ou seja, Resíduo da Construção Civil. São divididos em diversas classes o entulho:
Classe A: os materiais considerados recicláveis, por exemplo:
- De construção, demolição e pavimentação de obras;
- Componentes cerâmicos;
- Peças pré moldadas;
- Argamassa e concreto.
Classe B: Recicláveis para outras destinações, por exemplo: papéis, papelão, metal, vidro, gesso.
Classe C: resíduos que não conseguem ser reciclados devido à falta de tecnologia para tal.
Classe D: resíduos perigosos que vem de processos de construção, por exemplo: tintas, solventes ou então aqueles que são prejudiciais a saúde, como aquelas feitas em clínicas radiológicas, instalações industriais e outras.
Além das classes, os resíduos também são agregados em três grupos:
Grupo I
É composto por materiais como areio, cimento e cal: concretos, argamassa e blocos de concreto.
Grupo II
Materiais cerâmicos como telhas, manilhas, azulejos.
Grupo III
Materiais não recicláveis: solo, gesso, madeira, papel, isopor, material orgânico.
Reciclagem do resíduo
O conhecimento desse tipo de classificação de entulho pode ser dado por uma empresa que presta consultoria em gestão ambiental, e promove dentro do canteiro de obra uma diminuição na produção do lixo, já que muitos trabalhadores começam a fazer coleta seletivo do próprio resíduo gerado na obra.
Outro ponto importante quando lidamos com a educação ambiental é que a reciclagem começa a ter um valor muito agregado, sendo que todos os processos pensados terão em mente esse fim, a reutilização da matéria.
Além de ser bom ao meio ambiente, reciclar gera empregos para cooperativas de reciclagem e para catadores de material reciclado.
Todo o processo de educação ambiental visa a formação de uma nova mentalidade, ou seja, de uma consciência ambiental das suas ações e consequências que geram no mundo, a fim de fazer de forma diferente.